Em nossas recordações sempre mantemos um espaço para um lugar que nos marca, sendo de uma forma boa ou má, a escola com seus professores, aqueles que nos cobravam, que nos envergonhávamos em não ter feito os deveres de casa, que o maior castigo que nos penitenciavam era de “chamar a nossa atenção”, estude mais, assim não vai aprender. Quem nunca teve um professor marcante, aquele que se vestia esquisito, aquela que falava de uma forma muito doce, ou outro que falava em greve e revoluções? Mas quando o assunto é este, o assunto já começa a tomar novos ares, diga-se de passagem, ares pesados, olhares amedrontados, mãos aos bolsos vazios e muitas vezes furados, quando tudo isto bate as portas da escola, e as sinetas não tocam mais com aquela mesma sonoridade, algo ira explodir.
Quando a greve se arma surge o perigo, o governo se omite as reivindicações dos profissionais da área de ensino. O perigo é constante, sendo que os professores, não se contem em apenas agitar o sino dando sinal de mais uma chamada para planos secretos na sala dos professores, vão alem, vão às ruas, lutar, gritar, armar bombas? Não, a melhor arma destes é a boca, e é uma arma que assusta, arma que não mata, arma que transforma as bases, que ensina.
Impressionante que ao longo da história, nossos governantes esgotam até a última gota de paciência dos perigosos professores, se um ladrão rouba algo, a policia o castiga durante dois, três anos no máximo, se alguém escolhe ser professor, escolhe o mártir, os castigos lhe serão constantes, e diversos são os fatores, salários baixos, os espaços físicos não correspondem as necessidades, os materiais dedicados a estes muitas vezes não suprem o mínimo de exigência, para ser um destes profissionais a primeira coisa que se deve ter é amor real.
Ao longo da história muitos foram os que motivaram, apoiaram e criaram movimentos de revolução, calar e assustar os professores é uma tarefa difícil. Eles pensam e fazem pior, nos apóiam na hora de reflexão, nos estimulando a sermos mais críticos. São verdadeiros perigos para a paz e estabilidade social, querem melhorar a sociedade e para isto a tranqüilidade e comodidade de alguns poucos são ameaçados, estes poucos estão bem, ricos, famintos para se tornarem mais ricos, e o professor, a cada dia mais pobre.
Melhor chamar a policia, o BOE, o Exército, a CIA para que todos unidos os deixem a tocar sinos anunciando mais um intervalo de aula que se segue na vida, e não nas ruas. Uma revolução em tempos tão modernos, onde tudo esta tão “ajeitado”, a vida é tão negociável, tem uma cesta básica se votar no político “x”, imagina uma professora com carinha de anjo dizendo que tudo isto está errado, e que devemos mudar? Que medo só em imaginar.
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